O ESPLÊNDIDO (2014)
O projecto “O Esplêndido” consiste na criação de um espectáculo de dança contemporânea com a particularidade de partir de uma peça teatral – “Splendid’s” de Jean Genet (1948). Este é um desafio que seis coreógrafos se colocam como pretexto de reflexão sobre o papel da própria dança contemporânea como forma de expressão e sobre a dinâmica de um colectivo num momento de crise.
Este projecto parte de uma premissa em tom de impossibilidade. Diríamos que nos propomos a transpor a encenação de um texto dramático para a linguagem da dança contemporânea, considerando-a com toda a abrangência que conquistou e que o próprio grupo de performers transporta. Anulando o elemento que constitui a própria peça, a palavra, tomamos a interpretação do texto como partitura para a composição do espectáculo.
A peça Splendid’s de Jean Genet é, toda ela, diálogo e contracena entre um grupo de gangsters enclausurados no espaço e no tempo. Num quarto do Hotel Splendid’s o grupo encontra-se cercado pela polícia e já não têm qualquer hipótese de fuga nem de futuro. Vivem a fatalidade de serem gangsters reconhecidos o que os impede de colocarem a possibilidade de se renderem. São personagens que por não terem nada a perder e tudo perdido vivem o auge da sua acção.
Esta peça incide, com um humor amargo, sobre a solidão que ressalta num colectivo em queda. Os personagens “são”, existem como entidade, na relação com o grupo. A necessidade de integração, a definição do papel de cada parte no todo e a mobilidade desse papel, tem o potencial de ser visto como uma estrutura, uma partitura de composição. O drama que cada personagem transporta nesse todo que se desfaz constitui as linhas dramatúrgicas que temos para perseguir.
O foco incide na dinâmica de um colectivo e todas as tonalidades, subtilezas e violência que o compõem. Mas este é um colectivo num momento de crise. Aqui a solidão ganha um lugar poético, a necessidade recíproca também. Os tempos que vivemos provocam também em nós (como sociedade) uma sensação de fim. De fim de uma representação ou imagem de “bem” assente em ideologias falidas. Essa condição, que se pode dizer colectiva, cria tensão na relação com o mundo e por isso na relação entre elementos de um grupo. A traição é quase sempre uma inevitabilidade. A fidelidade um valor suspenso num mundo em constante mudança. Somos todos gangsters dependendo da perspectiva. A ideia de poder é essa metralhadora sem balas que mesmo assim não se quer largar.
--------------
DIRECÇÃO ARTÍSTICA Andresa Soares
CRIAÇÃO/INTERPRETAÇÃO Andresa Soares, Lígia Soares, Pedro Inês, Pedro Núñez, Rita Lucas Coelho e Vânia Rovisco
CONCEPÇÃO PLÁSTICA Rita Barbosa
COMPOSIÇÃO SONORA Rui Lima e Sérgio Martins
DESENHO DE LUZ Rui Seabra
ASSISTÊNCIA DE ENSAIOS E APOIO DRAMATÚRGICO Sílvia Pinto Coelho
PRODUÇÃO EXECUTIVA Joana Gusmão
PONTO Maria Inês Maltez
CABELOS E MAQUILHAGEM Tânia Afonso
VOZ DA RÁDIO Gonçalo Alegria
JOVENS INSTRUMENTISTAS Carlos Martinho (Trompete), Nataliya Harasymenko (Piano), Sónia Amorim (Violoncelo), Bruno Macedo Rodrigues (Trompete) , Diogo Lopes de Castro (Piano), João Carvalho Barros (Violoncelo)
PRODUÇÃO Máquina Agradável
CO-PRODUÇÃO A Oficina CIPRL
ACOLHIMENTO Teatro da Cornucópia
APOIOS Apametal, Take it easy, Programa Escolhas, Câmara Municipal de Lisboa, Teatro Nacional Dona Maria II, Teatro Maria Matos, CMB- Conservatório de Música de Barcelos
APRESENTAÇÕES
2014 – Teatro da Cornucópia, Lisboa
2015 – Festival GuiDance, Guimarães
ESTE TRABALHO ESTÁ DISPONÍVEL PARA CIRCULAÇÃO
Se é programador de um teatro ou festival poderá solicitar o acesso ao vídeo integral do espectáculo, fotografias em alta resolução (jpg 300dpi), riders técnicos, biografias e logotipos através do e-mail: [email protected] / Tel : +351 939 530 318
THE SPLENDIDS (2014)
The project “O Esplêndido” consists on the creation of a contemporary danceshow, based on a theater piece - Splendid’s by Jean Genet (1948). A challenge for six choreographers, who put themselves as a pretext of reflection about the role of contemporary dance as a form of expression and about the dynamics of a team in a
period of crisis.
This project emerges from a premiss with a tone of impossibility. We can argue that we propose to pass over the staging of a dramatic text into the language of contemporary dance, considering it with all its range, and with the performers knowledge of it, transporting it in their creative paths and in their individual research. Denying the element that is the play itself, the word, we take the interpretation of the text as a score for the composition of the show.
Genet's Splendid is all written in dialogue and contrascene. The characters are a group of gangsters cloistered in space and time. In the Splendid Hotel room's, the group is surrounded by the police and neither have any chance of escape nor of future. They are recognized gangsters, hence, they cannot surrender. They are characters, who because they have nothing to lose and have already lost everything, live the heyday of their action.
This piece focuses, with a bitter humor, on the loneliness that emphasizes a collective falling. The characters "are", they exist as an entity, in relation to the group. The need for integration, defining the role of each part of the whole and the mobility of that role, has the potential to be seen as a structure, a composite score. The drama that each character carries in that whole, that undoes itself, constitutes the dramaturgical lines that we have to pursue.
The focus is on the dynamics of a group and on all the shades, nuances and violence that comprise it. But this is a collective in a crisis. Here loneliness wins a poetic place, as well as mutual need. The times we live in, also provoke in us (as a society) a sense of 'ending'. End of a representation or image of "good" based on bankrupt ideologies. This condition, that you can see as collective, creates tension in the relationship with the world and therefore in the relationship between elements of a group. Betrayal is almost always an inevitability.
Fidelity is a suspended value in a world in constant change. We are all gangsters depending on the perspective. The idea of power is this machine gun without bullets, and despite of that, we do not want to drop.
--------------
CONCEPT|DIRECTION Andresa Soares
CREATION|PERFORMANCE Andresa Soares, Lígia Soares, Pedro Inês, Pedro Núñez, Rita Lucas Coelho and Vânia Rovisco
SCENIC SPACE CONCEPT|COSTUMES DESIGN|IMAGE Rita Barbosa
MUSICAL COMPOSITION Rui Lima and Sérgio Martins
LIGHTING DESIGN Rui Seabra
REHEARSALS AND DRAMATURGY ASSISTANCE Sílvia Pinto Coelho
EXECUTIVE PRODUCTION Joana Gusmão
PRODUCTION ASSISTANCE Maria Inês Maltez
HAIR DESIGN AND MAKE-UP Tânia Afonso
RÁDIO’S VOICEGonçalo Alegria
YOUNG PLAYERS Carlos Martinho (Trompete), Nataliya Harasymenko (Piano), Sónia Amorim (Violoncelo), Bruno Macedo Rodrigues (Trompete) , Diogo Lopes de Castro (Piano), João Carvalho Barros (Violoncelo)
PRODUCTION Máquina Agradável
SUPPORT Apametal, Take it easy, Programa Escolhas, Câmara Municipal de Lisboa, Teatro Nacional Dona Maria II, Teatro Maria Matos, CMB- Conservatório de Música de Barcelos
PRESENTATIONS
2014 – Teatro da Cornucópia, (Lisbon)
2015 –GuiDance Festival (Guimarães)
THIS WORK IS AVAILABLE FOR TOURING
If you are a professional programmer you may ask for the access to the full lenght video of the show, high quality images (jpg 300dpi), technical & finantial conditions, biographies and logos to the e-mail: [email protected] / Tel : +351 939 530 318