UN FEMME (2009)
«No último diálogo do filme de Jean-Luc Godard, Une Femme Est Une Femme, Émile diz a Angela que ela é infame, Angela corrigi-o virando-se para a câmara: “Eu? Eu não sou un femme (um mulher) eu sou une femme (uma mulher)”. Aproveitando o jogo fonético que em francês faz equivaler “infâme” e un femme usámos como título “um mulher”, e colocamos em palco duas mulheres, exemplos que personificam clichés, ou tipos de feminino. Un femme não se foca particularmente em questões de género embora o facto do pronome estar no masculino nos ajude a questionar a categoria mulher. O trabalho é o primeiro de um projecto maior, A Criação das Identidades Nacionais que teve como mote principal questionar as construções identitárias relacionadas com as nações, as nacionalidades e também a construção identitária europeia (esse projecto acabou por não avançar por falta de apoio financeiro). Un Femme reportava-se, dentro de A Criação das Identidades Nacionais à “identidade nacional francesa” partindo de estímulos de construção identitária feminina e de alguns filmes da Nouvelle Vague francesa.
No filme Le Mépris de Jean-Luc Godard, as repentinas mudanças de côr, do preto e branco para o vermelho, ou para o azul, sugerindo uma intuição sensorial transposta para o ecrã de cinema foram associadas a mudanças de humor que a peça explora em diferentes ambientes, diferentes formas de estar e de esperar. O objecto criado é um ambiente e “um mulher”, ou duas mulheres.» Sílvia Pinto Coelho
CONCEPÇAO Sílvia Pinto Coelho CRIAÇÃO|INTERPRETAÇÃO Sílvia Pinto Coelho, Rita Lucas Coelho, Yolaine Schmitt DESENHO DE LUZ Gonçalo Alegria e Élio Antunes VÍDEO Gonçalo Alegria MÚSICA João Lucas PRODUÇÃO EXECUTIVA Tânia Afonso PRODUÇÃO Máquina Agradável
APOIOS Mix’Art Myris (apoio à residência artística), Culturgest, Eira, Fórum Dança, Teatro Extremo, Útero Teatro, Teatro Praga, Metro Studio, A Outra Face da Lua.
APRESENTAÇÕES
2009 – apresentação informal, Mix’Art Myris (Toulouse).
2009 – Espaço Ginjal (Almada)
UN FEMME (2009)
In "un femme" we are watching two women in the space moving around. Two examples of feminine type clichés.
As part of a broader project “Inventing National Identities”,this piece is inspired on French feminin identitary constructions (from Nouvelle Vague filmes to Marie Claire magazine, for instance).
Exploring the idea of a feminine duality, we translated it into two colours, two temperatures, two women, two hair cuts, two spaces. The use of colours is also inspired on the use of colours we see in films by Jean Luc Godard like “Le Mépris”. During the piece we can watch the environment changing, the mood changing, as we change the video, the lights, the set, the costumes, the music, and so on.
CONCEPT Sílvia Pinto Coelho CREATION|INTERPRETATION Sílvia Pinto Coelho, Rita Lucas Coelho, Yolaine Schmitt LIGHTING DESIGN Gonçalo Alegria, Élio Antunes VIDEO Gonçalo Alegria MUSIC João Lucas PRODUCTION ASSISTANCE Tânia Afonso PRODUCTION Máquina Agradável
SUPPORT Mix’Art Myris (support to the artistic residency), Culturgest, Eira, Fórum Dança, Teatro Extremo, Útero Teatro, Teatro Praga, Metro Studio, A Outra Face da Lua.
PRESENTATIONS
2009 – work in progress presentation, Mix’Art Myris (Toulouse).
2009 – Espaço Ginjal (Almada)